Sábado, 16 de Abril de 2005
Abanou-me com força. Se abanava o falo dos companheiros dela com aquela força, não tardaria era só eunucos. Não admira que o gajo tivesse desligado o telefone. Pudera! Fiquei mais aliviado por ter encontrado uma justificação para o fim do telefonema.
- Linguiça, ou contas
Ou
A ameaça estava agarrada à minha camisa. Estava na mão que se fechava e se preparava para me esmurrar.
- Não disse nada.
Ela fez-me rodar sobre mim mesmo e com um dos pés anões deu-me um pontapé. Inacreditável que uma anã tenha tal força. Ainda hoje tenho o pé dela gravado no meu rabo. Voei e não foi literalmente. Fui atirado com força contra a janela. Se esta tivesse aberta teria sido assassinado por uma anã! Já estou a ver os tablóides:
- Gigante assassinado por anã irada, é atirado da janela por uma meia pataca que enfurecida o golpeou com um pontapé certeiro e fatal.
- Aconselho-a a ir tratar desses impulsos agressivos. Sua
Sua besta!
- Nunca mais me perguntes nada!
Mas era mesmo alucinada. Eu nada lhe tinha perguntado, ela é que me perguntou a mim!
- Aliás, nunca mais volte a mexer em nada que ninguém o autorizou para isso, seu pacóvio. Provinciano!
A Erótica alertada por o nosso barulho. Fungou com força e disse:
- Mas o que se passa aqui? - A Erótica é daquelas pessoas que tem mesmo um coração com uma grandeza de península. Mesmo a sofrer dores no interior da sua essência. Mesmo depois de lhe ter dito que tinha burriés a cair-lhe do nariz, aproximou-se para me tratar. Mas será que eu não vos posso deixar aos dois sozinhos, nem por um minuto?
- Olha Erótica fiz o que já lhe devias ter feito.
- O pobrezinho está a deitar sangue do nariz.
- Estou? Estou mesmo? Senti que ia mesmo morrer. O peito começou mesmo a doer-me. Já sangrava. Não tardaria ia desmaiar. Um gajo tem limites e nunca lidei bem com sangue. Já a sala rodava sem parar. As vozes delas chegavam-me distantes. Não é que seja impressionável, mas estar para ali a sangrar é demais para um gajo como eu.
- Quero mais é que ele deite sangue por o
- Fetiche! Não fosse a Erótica interromper e ainda tinha acabado a sangrar doutro lado.
- Mas são mesmo cão e gato. Isto deve ser problemas de incompatibilidade de signos. Sentenciou por fim. Não vos volto a deixar sozinhos!
As palavras chegavam-me cada vez de mais longe. Já via cinco eróticas e dez fetiches. Sentia o sangue a escorrer-me pelo nariz tal queda de água que sai do interior da montanha.
- Erótica, Segurei-me a ela para não cair. Estou a esvair-me em sangue. Leve-me para o hospital.
A Erótica conteve-se. Mas a Fetiche ria-se mesmo até ás lágrimas com o que tinha dito.
- Um gajo prestes a finar-se e ainda tem de aguentar a mordacidade? - Ali quase exânime. Prestes a expirar o meu último fôlego e era agredido com o riso histérico. Era demais até para um gajo como eu.
Depois desta frase ambas se riam sem parar.
- Só se fores morrer em tanto ranho.
- Kiinky, eu estava a brincar.
- Não estou a morrer?
Com que então a santinha também tinha uma faceta de demónio. A erótica angelical, era mas é um belzebu! Estava tramado.