Sexta-feira, 17 de Junho de 2005
Pela noite estávamos e pela noite nos sentíamos bem. Inspirados. Soube bem, sabia bem. Eu sentia-me bem. E ao vê-los bem, sorria. Isso deixava-me em paz, tranquila, satisfeita e porque não, feliz.
Mas
havia que fazer qualquer coisa. Aquela música cantada até ao limite das cordas vocais até me arrepiou o elástico
er
da roupa interior e nem foi pelos melhores motivos. Mas que era engraçadíssimo, era. Estava solto, o Puto Isso
A Eros sorria e os olhos brilhavam como lhe fazia falta há algum tempo. Tinha as folhas da árvore, reluzentes. Uma aura de bem-estar cercava-nos. Observei-os de longe. Desde o bar.
O Puto-Amigo-Do-rolo-Da-Massa estava endiabrado e isso sim, deu gosto de ver. Ó de ver
Ó se vi
Certa que a noite ainda nos esperava algumas surpresas, fui buscar umas bebidas. Poderia beber o que quisesse, que não me afectaria, senti isso ao primeiro shot. Estava bem, logo, não iria sucumbir, conheço-me.
O Puto estava possuído e mais iria estar, verdadeiramente. Enrabichou-se por um dos presentes. Era gentil, mas to the point sem margem para dúvidas do que queria. E queria aquele rapaz. Foi isso que deu a entender, conseguiu fazer chegar os seus intentos e houve retribuição.
Começaram na pista, com o Puto em plena provocação. Um toque aqui, outro ali. Reacções corporais, conseguiu. E de que maneira. Inspeccionou manualmente as bochechas da parte inferior do corpo do rapazola com as mãos e aconchegou os dedos aos
er...botões. Roçava-se ligeiramente de forma sinuosa aos botões do rapaz
e colocou o dedo na boca, humedecendo-o, tirando e passou sobre os lábios do rapaz. O rapaz sucumbiu. Agora queria ele tocar e apalpar, mas o kiinky- ou- Isso , não deixou muito. Picava, provocava e deixou o rapaz louco. Afastou-se, dirigiu-se ao bar e deixou o rapaz ofegante, a querer segurá-lo. Libertou-se do braço, sorriu. Na caminhada até ao bar, não se voltou para trás uma única vez. O rapaz não tirava os olhos dele e ele sentia. Pediu uma bebida, doce e uma garrafa de água. Depois do pedido feito virou-se e olhou de modo provocatório a sua presa. Encostou-se ao bar, mas não deixavam de se olhar, olhos nos olhos
As bebidas chegaram, kiinky pegou nelas
e fez sinal ao rapaz para o seguir, em tom de desafio e encaminhou-se para a casa de banho.
Não resisti a ser empata-fodas, fui atrás.
Dei um pouco de tempo e espaço, de seguida encaminhei-me para o local
Entrei no wc
portas vermelhas também. Decorado com algum bom gosto. Linhas simples, práticas, mas detalhadas. Havia gente a vomitar num dos cubículos, de porta aberta. Alguns serviam-se dos urinóis para verter águas. Pouca gente. Nem estranharam quando entrei, pouco depois saíram. Com excepção do indisposto. Percebi onde estavam
Senti que a porta estava mal fechada. Bateu ligeiramente. Senti uns gemidos, mesmo com a música, o eco do wc ajudou. Sorri ligeiramente perversa. Abri a porta!
Ahá! utilizando uma expressão à lá Puto Amante - de - Pau.
Estava o Kiinky de joelhos a rezar, para outra cruz de pau
! Eu que munida do telemóvel com direito a 3G
estive a er
lucidez de espírito e
Foi cá um Flash
A criatura olhou-me pelo canto do olho, perdão, vista
E com o falo na mão perguntou:
- Fiquei bem? É que esse lado não é o meu mais fotogénico nem o que me favorece melhor
- e gargalhou.
Eu desatei a rir
e Eros que foi atrás, preocupada com a demora e a bem dizer, conhecendo-me e sabendo como a Criatura e eu nos dávamos por vezes
viu logo que coisa fresca não era. Chegou e balbuciou: -Eu não acredito!!! Ahahhha e teve um ataque de riso, eu idem e o puto riu tanto que apertou demasiado o instrumento ao rapaz, que por esta altura estava perdido
de forças
murchou.
-Olhem eu perguntava se eram servidas, mas parece que até eu fiquei sem combinado, nem meia-dose, nem-prato feito! - dizia enquanto tentava recuperar o fôlego dispendido nas gargalhadas
O rapaz desconcentrado e não percebendo nada do que se passava, exclamou: -São doidos! enquanto guardava a ferramenta nas calças. E saiu.
Recuperámos, saímos do wc, com o Kiinky a querer ver no telemóvel se tinha ficado bem, pedimos mais uns shots, riamos enquanto lembrávamos da cena e dançávamos
Apanhei uma pulga naquele bar. Ai este puto é assim, só me traz para sítios assim
para a próxima um acessório obrigatório: uma coleira para bichesa, usada de modo a parecer uma gargantilha
isto se nos deixarem lá entrar, depois daquele show no wc
SeeUArround e afins... ;-)
De Anónimo a 18 de Junho de 2005 às 15:36
Bem,que história e que imaginação.
Bom fds.
Bjs.Art Of Love
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Dedos Marotos