"O QUE EU VEJO E AQUILO QUE EU SINTO, PODEM SER DUAS COISAS DISTINTAS."
ATENÇÃO: Blog com linguagem crua, directa, ou seja, para maiores de 18 anos. Boa aventura :)
Chamavam-me "O Aviador", por andar nas alturas..."Sideways", digamos, umas vezes do lado de lá por cima das nuvens, outras vezes mais para o lado de cá...limbo entre o real e o sonho... Não tinha expectativas nenhumas em encontrar o amor...
Tinha a minha vidinha tão interessante quão o diminutivo terrivelmente faz antever apenas a minha vida de costume na minha pequena e pitoresca "Vila" de sempre.
A altura em que me vira parte integrante de algo realmente importante, como se de algo fundamentalmente essencial para o equilíbrio geo-estatégico do mundo, de uma nova ordem mundial; altura essa em que era peça e fundador do "Gang dos Tubarões", que agitavam as águas da zona...e afluentes. Éramos os putos das tropelias, das encrencas: roubar alperces à Tia Albertina ou que em plena correria partíamos a pedir um cartucho de tremoços ao Sr. António, com carinha de é a última vez e ele fingia acreditar, eram esses os pontos altos do dia .Nessa altura respondia pela alcunha de "Sherk (2)" mas tudo correu pelo melhor, porque era criança e as feições mudam com os anos (ou assim rezava todas as noites para que os genes vindos do tio Sebastião (não me ficaria bem, falar de meu pai) não fossem assim tão fortes e os traços familiares não fossem tão teimosos quanto isso) conforme vamos crescendo (- e de qualquer das formas, há hoje, na altura nem por isso, o recurso à Cirurgia Estética).
Na altura fazia parte dos importantes, eu o "Colateral", chefe da nossa pequena grande máfia local, que lutava contra o grupo rival de nome: "Coristas"
Eram assim os nossos dias "As It Is In Heaven", tudo era perfeito O sol, o clima, as bolas, os berlindes, as canelas que acertávamos (dos outros) Nós éramos uns verdadeiros mágicos "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkhaban" dos nossos tempos Enfim
Depois, cresci .e Doeu
Lembro quando te vi qual "Ray" de luz, senti em mim o "Despertar da Mente" (bem como outras coisas ) Louco amor, o nosso (Sei que todos pensam que o seu amor é louco, mas o nosso era especialmente louco ) Pensei que te chamavas "Vera Drake", mas esse era o nome da tua irmã mais nova. O teu nome era algo de tão simples, como de maravilhoso, eras a minha "Maria Cheia de Graça" e mal te vi amei Amei, enlouqueci porque não me reconheci: "Uma Série de Desgraças" este nosso amor Mas enquanto amávamos, nos amávamos sentíamos-nos "Super Heróis" e o poder de ser tudo sentia o amor invadir-me como uma força da natureza ou como se o "Mar Adentro" me invadisse Uma verdadeira "Paixão De Cristo", pois foi assim que me senti. Crucificado. Mas vi-me mas teias do amor, e sem a mestria do "Homem Aranha (2)" para dela me desenvencilhar mas sei lá eu se me queria livrar dela Ao ver as figuras que fiz, vem-me à memória as verdadeiras anunciadoras da desgraça ressoam na minha memória as conversas da minha mãe com a Tia Amélia a falarem das "Paixões de Júlia", a outra vivida e ausente irmã
Reconfortava-me, preenchia-me o facto de não ser o único a exclusivamente a amar, o amor o amante Ainda trago em mim, marcado em minha pele o odor, cravado os vincos dos lençóis que ambos marcávamos no "Hotel Ruanda" Lembras? Deves lembrar Será que estivemos ambos "Perto Demais"? Senti-me portador de um segredo, o nosso segredo
Devido a um Relatório Kinsey recebido pelo teu pai, diplomata, ele teve de partir e tu com ele e tu de nós . Após em sigilo termos celebrado "Um Longo Domingo de Noivado", revestido de um secretismo, como o foi tudo o que nos ligava um ao outro a dor e "O Poder de Punhais Voadores" avançaram sobre mim e em mim ficaram crivados Em nós, golpearam de morte o nosso destino, comum, juntos "Antes do Anoitecer", partiste e aí partilhámos um destino comum, uma busca "À Procura da Terra do Nunca". Apanhaste o Polar Express
Fiquei "Fantasma (da Ópera)" de mim mesmo. Eu? Bom Eu fiquei sentado com uma história a minha história: a "História do Camelo Que Chora" e vi os meus "Sonhos Vencidos".